
Dois cálculos nos ajudam a avaliar se um paciente possui resistência ao hormônio insulina: o índice HOMA 1-IR e o Homa Beta. A palavra Homa, significa Modelo de Avaliação da Homeostase. O índice Homa beta estima a produção de insulina pelas células beta pancreáticas. O índice Homa-IR estima a resistência insulínica nos tecidos-alvo.
Cálculo dos índices Homa
Interpretação dos índices Homa
O HOMA-BETA é expresso em porcentagem e o ideal é 100%, que significa que todas as células beta pancreáticas estão viáveis e funcionando. Contudo:
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Valor > 100: sobrecarga de células beta pancreáticas (mau prognóstico, pois estas células morrerão mais cedo)
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Valor < 100: redução da atividade de células beta pancreáticas
O HOMA-IR é expresso em número absoluto e o valor ideal é 1 (ausência de resistência insulínica).
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Valor > 1: presença de resistência insulínica
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Ponto de corte sugerido para o Brasil pelo estudo BRAMS: 2,71 (Geloneze, 2009) – estudo questionado pois tem valor bem distante de 1
HOMA2: atualização do modelo original, com curva logarítmmica tentando resolver o problema da diferença entre a resistência insulínica hepática e periférica. Permite usar o peptídeo C no lugar da insulina na fórmula. Imaginando um paciente com glicose de 100 mg/dl e C peptídeo de 3 ng/ml, a calculadora nos dá uma série de resultados:
Interpretação:
%B (HOMA-BETA): estima a secreção de insulina pelas células beta. valor ideal de 100%. Valor acima indica sobrecarga (como no caso acima) e valor abaixo disfunção.
%S (HOMA-IS): estima sensibilidade à insulina nos tecidos-alvo. Valor ideal de 100%. Valor abaixo (como no caso acima) indica perda da sensibilidade à insulina e valor acima sensibilidade à insulina maior que a esperada.
IR (HOMA-IR): avalia resistência insulínica. Valor ideal de 1,0 (até 1,8 para brasileiros usando a fórmula do HOMA2, de acordo com estudo BRAMS). Valor maior que 1,0 indica resistência à insulina (como neste caso).
Homa-IR e Alzheimer
O HOMA-IR é um cálculo que usa os resultados do teste de glicose e insulina em jejum (ou peptídeo C, como no caso do HOMA2) para avaliar a resistência à insulina (IR). É muito comum que pacientes com Alzheimer tenham resistência insulínica cerebral.
A resistência à insulina no cérebro também tem sido associada à depressão e ansiedade, possivelmente devido à interferência na sinalização da dopamina.
E atenção: para portadores do haplótipo APOE4, os problemas com a utilização de glicose como combustível no cérebro podem começar já aos 20 anos de idade. Mas é possível controlar a resposta à insulina em seu corpo e cérebro com dieta de baixo índice glicêmico ou cetogênica, jejum e atividade física.
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