
Os probióticos são microorganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem algum benefício para a saúde. Esses micro-organismos pertencem a diferentes gêneros e espécies, tanto de bactérias como de leveduras.
Há muita controvérsia em relação à suplementação de probióticos em pacientes oncológicos. Este artigo destaca pontos positivos e negativos trazidos pelas pesquisas.
Pontos positivos da suplementação de probióticos
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Probióticos podem ter um efeito sinérgico à quimiterapia citotóxica. Por exemplo, L. acidophilus potencializa o efeito da cisplatina e oxaliplatina. Lactobacillus johnsonii potencializa o efeito da ciclofosfamida. Já bifidobactérias (fragilis, breve, longum, adolescentis) potencializam o efeito da imunoterapia Anti-CTLA4 e Anti-PDL1 (Roy, & Trinchieri, 2017).
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Probióticos aumentam células NK, as quais possuem efeito antitumoral (Aziz, &. Bonavida, 2016).
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Probióticos reduem a incidência de diarreia em pacientes com câncer (Hassan et al., 2018).
Contraindicações do uso de probióticos
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Pacientes imunocomprometidos, críticos ou com cateter venoso central não devem consumir probióticos contendo S. boulardii (Cohen et al., 2010; Hassan et al., 2018), pelo aumento do risco de sepse, endocardite, infecção (Di Cerbo et al., 2016).
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Existem relatos de fungemia em pacientes queimados extensos e pacientes com câncer de cabeça e pescoço após uso de S. cervesiae (Stefanatou et al., 2011; Henry et al., 2004).
O paciente com câncer deve estar sempre sendo reavaliado, pois o probiótico pode ser prescrito em alguns momentos, mas não em outros. Quando não é possível usar probiótico podemos usar biomamps.
O consenso nacional de nutrição oncológica indica que, em casos de neutropenia (neutrófilos ≤ 1.000 células/mm3) não é indicado o uso de probióticos e nem mesmo vegetais fermentados e sementes germinadas.
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